COLUNA MADALOZZO – 12 de Julho 2020
13 de julho de 2020
OS 180 DIAS
Caros Leitores,
Finalizado o primeiro semestre, espera-se que as empresas divulguem seu desempenho sobre dois aspectos: crescimento e resultado.
Mas, vivendo tempos anormais, deixarei as métricas tradicionais de lado e lançarei um novo olhar. Afinal, o retiro social forçado serve para refletirmos sobre temas que a rotina intensa e normal não nos permite.
Dito isso, ampliarei o significado do termo ‘’sucesso’’ ao analisar o mercado segurador em dois novos ângulos: adaptação e solidariedade.
1. Adaptação:
O segmento de seguros é apelidado de conservador (para não dizer ‘’atrasado’’), especialmente pelo reduzido uso de soluções digitais.
Sendo incrível a mudança tecnológica e cultural ocorrida nesse período. A exemplo, as assinaturas físicas viraram digitais e vistorias presenciais tornaram-se remotas (um grande segurador anunciou aumento de 578% de autovistorias).
E não paramos nas pequenas burocracias, tanto os seguradores, como corretores de todo Brasil migraram operações inteiras para home-office, numa velocidade e eficiência inacreditável.
Apólices continuaram a emitir, os sinistros a serem indenizados e rapidamente trouxemos medidas como: preços médios menores, aumento do parcelamento sem juros, políticas de renegociação de pendências.
Trouxemos à tona o nosso forte DNA de adaptação, que têm garantido a relevância do Seguro ao longo de tantos séculos.
2. Solidariedade:
Mostrando sensibilidade e a nossa essência de proteger as pessoas, o segmento participou de vultosas doações e medidas sociais (uma única companhia anunciou 10 mil vagas temporárias).
Realizadas não apenas pelas seguradoras, mas também por corretores. Participo de diversos grupos com colegas e foi nítida a rede de doações que se criou no mercado.
Ainda, com consciência e rigor técnico, voluntariamente seguradoras concederam coberturas excepcionais. Exemplo: indenizações por morte de covid-19 no seguro de vida (que poderiam ser questionadas contratualmente).
Ações que muito nos orgulham.
Nessa análise do semestre, não ignoro a imensa dor de tantas famílias, os enormes desafios econômicos de diversas atividades (incluindo o mercado segurador, que deve decrescer no ano) e a situação fiscal brasileira.
Porém, nos 88 anos de história da Madalozzo, aprendemos a evoluir nos momentos difíceis e a comemorar cada pequena vitória. O ‘’sucesso’’ nos quesitos adaptação e solidariedade, certamente são uma vitória de diversos segmentos e empresas nessa pandemia.
E com esse espírito e coragem, nos sentimos prontos para o segundo semestre.
Abs,
Lucas M.
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