COLUNA MADALOZZO SEGUROS | 10 DE AGOSTO
10 de agosto de 2020
DO TOPO DA MONTANHA
Caros leitores,
Na década de 60, o urbanista Melvin Webber disse que no futuro seria possível manter contato íntimo com empresas e colaboradores do topo de uma montanha. Modificando o papel das cidades e escritórios.
O que o urbanista não previu e foi tema de recente pesquisa por Carlo Ratti da universidade MIT, são os impactos sociais desse afastamento (seja voluntário ou forçado).
O estudo afirma termos dois tipos de interações: laços fortes (relações próximas) e laços fracos (relações casuais). E que o home-office intensificou isso, nos deixando mais próximos dos contatos íntimos e afastando dos demais.
As consequências, segundo Ratti, é que as relações casuais são responsáveis por trazer novas redes de contatos e ideias, ampliando nossa visão de mundo.
Além dessa rica interação, os escritórios possuem outra importante função, ensinada pelo filósofo contemporâneo Alain de Botton no livro “Arquitetura da Felicidade’’.
Para o filósofo, os edifícios ‘’falam’’ e por meio da arquitetura é possível identificar os valores e a personalidade dos que ali habitam. Mais do que a simples estética, trata-se da cultura de uma casa ou de uma empresa.
Ainda que Melvin esteja certo e aprendizados foram tirados do home-office (sobre eficiência, flexibilidade), somos seres sociais e uma das piores penas é a cela solitária.
Por isso, comemoro o término da reforma da corretora na matriz (Ponta Grossa), que ganhou um novo andar e possui amplos espaços de convivência. E nessa segunda retornamos para o escritório em Curitiba, onde fico sediado.
Não mais restrito aos cômodos da minha casa, poderei habilitar meu aplicativo de ‘’passos diários’’ sem o risco de conseguir contá-los nos dedos. E no trabalho, enquanto as máscaras esconderem nossos rostos, aprenderei a sorrir com os olhos, saudando os colegas que após tantos meses reencontrarei.
Excelente Semana,
Abs,
Lucas.
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